Psicologia online: O que é permitido atualmente

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A internet trouxe uma série de inovações para a sociedade, entre elas, a prestação de serviços online. Neste contexto, surgiu também a possibilidade de atendimentos psicológicos via internet. As ofertas de serviços psicológicos mediados pelo computador começaram a aparecer no Brasil por volta de 1997 e 1998. No início, essa era uma prática bem pouco conhecida, até mesmo pelos psicólogos. Mas, com o tempo, a maior inserção da população no mundo virtual e o interesse de mais profissionais, os atendimentos virtuais vêm se tornando cada vez mais conhecidos (e oferecidos) para a sociedade brasileira.

Quando uma nova forma de atendimento é criada, deve passar por estágios de reconhecimento de sua eficiência pelos Conselhos de profissionais até que se chegue a um consenso de que ela é válida e pode ser disposta à população sem gerar riscos à mesma. Assim, alguns serviços psicológicos online já são reconhecidos pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) e podem ser prestados, mas nem todos. A Psicoterapia via Internet ainda é restrita ao âmbito acadêmico para fins de pesquisa e não pode ser oferecida a não ser com essa finalidade. Mas, várias formas de Orientações Psicológicas estão liberadas.
Antes de adentrarmos no detalhamento sobre essas formas de orientação, vamos fazer uma breve diferenciação entre Orientação Psicológica e Psicoterapia, pois essa diferença é motivo de confusão para quem não conhece esta profissão.

A Orientação Psicológica é uma modalidade de atendimento onde o psicólogo e o cliente trabalharão questões focadas em um único tema ou problema que preocupe ou crie sofrimento ao cliente. Assim, as Orientações Psicológicas podem versar sobre as mais diversas temáticas, como orientação vocacional, sexual, para pais, para funcionários de uma empresa, etc… Desse modo, cada Orientação terá seu objeto de trabalho. Na Psicoterapia, o cliente pode tratar de todas as questões que estão lhe afligindo (ainda que não todas ao mesmo tempo). Na Orientação, geralmente há um número determinado de sessões a serem realizadas e um objetivo a ser almejado. Na Psicoterapia, o processo é mais livre e amplo e sua finalização não é previamente definida.

Como dissemos, a Psicoterapia pelos meios virtuais pode ser realizada apenas para fins de pesquisa, e, portanto, não pode ser oferecida para a população em geral. Já as Orientações estão liberadas e podem ser realizadas em até 20 “sessões” (encontros ou contatos virtuais). Esses contatos podem ser síncronos, – quando o cliente e o psicólogo se encontram em tempo real, por exemplo, via câmera – ou assíncronos, quando a comunicação é feita, por exemplo, via e-mails. Nesse caso, o cliente envia a mensagem para o psicólogo e depois de um período determinado, o psicólogo retorna com sua resposta.

Apesar de ser comum psicólogos trabalharem com as 20 sessões, algumas orientações podem ser mais curtas. Depois de encerrado o processo de orientação online, o psicólogo pode encaminhar o cliente para alguma forma de atendimento presencial, quando isto se mostra recomendável.

Há ainda algumas exceções para a realização de psicoterapia virtual: ela é reconhecida e permitida pelo mesmo Conselho de Psicologia quando o cliente que já está em atendimento presencial e por algum motivo fica impossibilitado de comparecer às sessões; por exemplo, por motivo de viagem ou restrição de locomoção. Se isso acontecer de forma eventual, o psicólogo poderá atender esse cliente de forma virtual. Também poderão ser atendidas pessoas que, por motivos diversos, não podem sair de casa. Por exemplo, casos como de síndrome do pânico, pós-parto ou dificuldades de locomoção mais sérias podem se enquadrar nesta situação. Estes casos são chamados de Atendimentos Eventuais.

Na área de seleção profissional, é possível também a aplicação de testes psicológicos ou a realização de entrevistas prévias pela internet.

Quando um psicólogo oferece regularmente os serviços de orientação via Internet ele precisa ter um site exclusivo para esta finalidade. Esse site precisa ser cadastrado junto ao CFP, seguindo uma série de regras e condutas. De maneira resumida, o site precisa ser “limpo”, constando somente as informações pertinentes ao serviço prestado. Não pode haver nesse site exposições diversas, mesmo até para outros trabalhos do profissional, nem propagandas, etc. Também não pode haver links para outros sites, exceto para o Código de Ética Profissional do psicólogo, o link para a resolução que regulamenta esses serviços e os próprios sites do Conselho Regional de Psicologia no qual o psicólogo está inscrito e do Conselho Federal de Psicologia, no qual consta o cadastro do site (estes devem estar no site).

Como essas formas de atendimento psicológico ainda são pouco conhecidas da população, é importante que haja um empenho na difusão dessas informações; não apenas para que se tornem mais conhecidas pelas pessoas que dela podem se beneficiar, mas também para que as pessoas que dela necessitem possam diferenciar as ofertas que atendem (ou não) as normas vigentes nessa área de prestação de atendimento nessa área da saúde.

Seja por dificuldades de locomoção em cidades grandes, ou inexistência de um profissional no local de residência; seja por motivo de por doenças, ou até mesmo por questões emocionais, como timidez ou constrangimento, o atendimento online oferece, para muitas pessoas, novas oportunidades de acesso a esses serviços.

Se o leitor deseja se aprofundar mais neste assunto, deixamos abaixo o link da resolução atual, que regulamenta estes serviços:

http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Resoluxo_CFP_nx_011-12.pdf

Quer saber mais sobre o atendimento online? Entre em contato! Www.psiclinonline.com.br

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