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Era uma vez… (o que a história do terapeuta tem a ver com terapia?)

Por Avatar Roberta Seles da Costa 28/11/15, 01:56 PM 1 Comment

Ao cimagesontrário do que muitos imaginam a história de um terapeuta não é um conto de fadas. Trata-se de uma história, que como tantas outras, é formada por alegrias, decepções, tristezas, problemas e conquistas. O psicólogo clínico também tem sua história familiar e também não sabe, em vários momentos, lidar com os conflitos presentes nesse contexto. Como uma pessoa comum, o psicólogo pode ter dificuldades em seu relacionamento amoroso ou em seus laços de amizade. Pode, inclusive, apresentar falhas semelhantes às de seus clientes. Nesse sentido, será que a história do terapeuta tem a ver com a terapia que o mesmo conduz? Será que pode atrapalhar a condução de um caso ou, quem sabe, facilitar a empatia por algum cliente? Será que dá para deixar a história de lado e entrar na clínica sem se envolver pela própria história?

Provavelmente a resposta é afirmativa para todas as questões, exceto para última. O modo como o terapeuta lida com seus clientes certamente tem relação com sua história de aprendizagem. Afinal, antes de exercer o papel de psicólogo foi constantemente aprendendo a interagir socialmente por meio dos diversos papeis assumidos, como de filho (a), amigo (a), aluno (a), neto (a), namorada (a), entre muitos outros. Esses vínculos interpessoais podem colaborar para o desenvolvimento de um repertório que é bastante útil ao terapeuta, o qual inclui a capacidade de expressar sentimentos, reconhecer emoções no outro, demonstrar empatia, ouvir, comunicar-se de forma clara etc.

No entanto, caso o psicólogo não apresente os comportamentos esperados de um terapeuta ou os apresente de forma deficitária diante de determinado contexto de atendimento, o que isso tem a ver com sua história? Não seria melhor deixa-la de lado e se relacionar de um modo especial com o cliente, mesmo que não saiba se aproximar dos outros em seu ambiente natural? Assim como o repertório que beneficie o atendimento clínico de determinados clientes foi construído a partir do histórico de reforçamento do terapeuta, os déficits comportamentais apresentados também o foram. É até possível que embora o terapeuta tenha dificuldades de relacionamento com as pessoas de sua convivência, consiga não apresentar as mesmas dificuldades com o cliente ou não com a mesma intensidade. No entanto esses comportamentos-problema do terapeuta podem vir a dificultar a condução de algum caso, o que por sua vez, seria denominado de acordo com a Psicoterapia Analítico Funcional (FAP), como T1 (Tsai et al., 2011).

A identificação desses comportamentos é essencial para que o terapeuta possa realizar a conceituação do caso e entender o que do seu comportamento está impedindo o desenvolvimento da relação terapêutica e consequentemente os avanços dos comportamentos de melhora do cliente. Tal reconhecimento do impacto de seus comportamentos sobre os comportamentos do cliente também é válido acerca dos T2, referente aos comportamentos do terapeuta que favorecem a condução de determinado atendimento. Vale aqui destacar que a definição dos comportamentos do terapeuta que podem dificultar (T1) ou favorecer o desenvolvimento do atendimento (T2) não é fixa, pode variar de acordo com o cliente e também a depender do momento da terapia. Certo T2 pode se tornar T1 e vice-versa (Tsai et al., 2011).

O diferencial de um terapeuta que olha para esses aspectos é que o mesmo se permite uma análise contextual mais aprofundada, observando cada relação como única e não classificando os seus comportamentos ou dos clientes de forma arbitrária como bons, ruins, adequados ou inadequados. Essa flexibilidade é de relevância ímpar para a construção de uma relação genuína com o cliente, o terapeuta não trata todas as pessoas da mesma forma, em todas as ocasiões e com aqueles que procuram o apoio psicológico não teria por que ser diferente. Cada indivíduo merece que sua singularidade seja respeitada e isso, inclusive, tem repercussão na intervenção.

Para certo cliente a demonstração de cuidado é essencial para que ele aprenda que pode confiar no terapeuta, que tem o direito de ser frágil. Diferentemente, para um cliente que sempre assume o papel de vítima, a mesma resposta de cuidado e proteção por parte do terapeuta, pode favorecer a manutenção dos comportamentos-problema, o qual está afastando do cliente as pessoas significativas de sua vida. Essa discriminação acurada não é inata, o terapeuta a desenvolve ao longo de sua história, tanto como profissional, quanto como pessoa em suas mais variadas facetas.

A participação em cursos e workshops, a leitura de referências bibliográficas da área, a supervisão com outros psicólogos e a elaboração da conceituação de caso são alternativas valiosas para que o psicólogo se aperfeiçoe. Além dessas ferramentas, a procura pela psicoterapia consiste em uma oportunidade para que o terapeuta refine o repertório de autoconhecimento, bem como lide com suas dificuldades pessoais. Muitos psicólogos são resistentes a dar esse passo, postergando ou invalidando a necessidade de tal apoio. Parece estranho que um profissional que ofereça ajuda e saiba da importância da mesma, não a deseje para si. Parece que cabe ao psicólogo vestir a armadura e dar conta do mundo, mas não é bem assim, não se trata de um conto de fadas.

Como terapeutas também temos nossas dores e fragilidades, igualmente somos produto de uma história que tem seus percalços. Admitir a própria vulnerabilidade é um ato extremamente corajoso, que pode permitir ao terapeuta uma experiência ainda mais próxima com aquele que está a sua frente. Isso não quer dizer que o terapeuta tem que ser perfeito e encontrar uma maneira de lidar com todos os seus comportamentos-problema, muito pelo contrário, aceitar sua história, identificar como ela aparece na sessão e permitir que ela também esteja presente na atuação clínica, permitir que as falhas também apareçam é a nossa maior fortaleza.

Referência bibliográfica:

Tsai, M., Kohlenberg, R. J., Kanter, J. W., Kohlenberg, B., Follete, W. C., & Callaghan, G. M. (2011). Um guia para a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP): consciência, coragem, amor e behaviorismo (F. Conte, & M. Z. Brandão, trads.). Santo André, SP: ESETEc (Obra publicada originalmente em 2009).

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Escrito por Roberta Seles da Costa

Graduada em Psicologia na Universidade Estadual de Londrina e Mestra em Análise do Comportamento pela mesma instituição. Com formação em ACT e FAP pelo Instituto Continuum de Londrina. Atualmente atende como psicóloga na Clínica Primed e faz parte do grupo "Iluminar - Análise do Comportamento e Psicoterapia" em Ponta Grossa. Também atua como professora do ensino superior.

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Olívia
Olívia
3 anos atrás

Vale lembrar que o uso de cliente ou paciente para se referir a quem busca o atendimento psicoterapico, não torna um termo mais correto ou eficiente que outro. Tem muito a ver com a forma como o terapeuta enxerga seu atendimento e em qual abordagem e/ou teoria pauta sem atendimento. Partindo da FAP, que é o que o material se refere, o termo cliente é o mais utilizado, de fato.

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