• Sobre
  • Equipe
  • Privacidade
  • Contato
  • facebook
  • twitter
  • instagram
  • youtube
Menu

Portal Comporte-se

  • Artigos
    • ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso
    • Autismo
    • Cultura e Comp. Social
    • Diálogos
    • FAP – Terapia Analítica Funcional
    • Sociedade e Cultura
    • TCR – Terapia por Contingências de Reforçamento
    • Terapia Comportamental Dialética
    • Terapias C. Brasileiras
    • Terceira Geração
  • Notícias
    • ABPMC
    • ACBr
    • Ciência
    • Concursos Públicos
    • Novidades
  • Superdicas
    • Áudio
    • Cursos & Eventos
      • Região Centro-Oeste
      • Região Nordeste
      • Região Norte
      • Região Sudeste
      • Região Sul
    • Internet
    • Livros
    • Palestras
    • Revistas Científicas
    • Vídeos
  • Estação Behavior
    • Chalé
    • Estúdio
    • Memorial
    • Opinião
    • Web Point
  • Séries
    • Autores Convidados
    • Comportamento em Cena
    • COVID-19
    • Entrevistas Exclusivas
  • Tudo

Mude para o modo escuro que é mais agradável para os olhos à noite.

Mude para o modo claro que é mais agradável para os olhos durante o dia.

Search
Login
Menu

Portal Comporte-se

Mude para o modo escuro que é mais agradável para os olhos à noite.

Mude para o modo claro que é mais agradável para os olhos durante o dia.

Search
Login

Terapia comportamental de grupo e suas peculiaridades

Por Avatar Amona Lima ter, 15/09/2015, às 08h03 PM 301 Views

Quando falamos em terapia de grupo, na maioria das vezes, nos vem à cabeça grupos de atendimentos como os de alcoólicos anônimos (AA), o MADA (Mulheres que amam demais anônimas) e outros existentes. Portanto, pode-se formar grupos bem parecidos quanto a sua formação, ou seja, o trabalho realizado com várias pessoas ao mesmo tempo vai depender de qual modelo e qual objetivo o criador do grupo está interessado. É possível formar grupos terapêuticos, grupos psicoeducativos e grupos de autoajuda que é o modelo mais conhecido do grande público. Ao considerar que o modelo de análise do comportamento no qual a interação entre as ações de um indivíduo e seu ambiente especialmente o social é muito importante, trabalhar com grupos terapêuticos parece ser bastante sensato (Banaco, 2008). Um indivíduo funciona como ambiente social para o outro indivíduo, ou seja, produz mudanças no responder do outro, e isso se parece com o modelo natural do funcionamento dos grupos na sociedade.

A psicoterapia de grupo é uma modalidade de atendimento dentro da psicologia que oferece aos indivíduos mais condições de interação da vida em sociedade. Podemos dizer que um grupo é formado de acordo com a demanda em comum entre os participantes do grupo ou com objetivos semelhantes. Para participar de um grupo terapêutico os participantes precisam se dispor a trocar opiniões sobre seus valores, atitudes e comportamentos e, realmente, expor-se a uma crítica construtiva (Delitti, 2008). Algumas pessoas podem não se beneficiar tanto do trabalho de grupo, ou podem obter benefícios somente após um certo período de terapia individual.

Então, a terapia de grupo pode ajudar o cliente? De acordo com Yalom (2006), a psicoterapia em grupo oferece benefícios significativos aos indivíduos, bem como a terapia individual. O terapeuta analítico-comportamental, assim como na terapia individual, utilizará princípios da análise do comportamento em suas observações e intervenções, irá estabelecer vínculos, ouvir relatos, observar e interpretar comportamentos emitidos durante as sessões a fim de fazer com que o cliente discrimine quais as variáveis ele está sob controle e que lhe traz sofrimento. Entre as técnicas utilizadas durante as sessões de terapia, estão o reforçamento, a extinção, o treino discriminativo, a modelagem, a modelação, o treino de auto-observação, além da utilização de recursos como fotos, textos, vídeos, exercícios, e etc.

Os benefícios do atendimento em grupo estão associados com a aproximação do ambiente social e natural dos participantes. Ou seja, existe uma procura em aproximar a terapia de grupo de uma situação natural, facilitando a aprendizagem de comportamentos exigidos em situações de interação e generalização do que foi aprendido (Kerbauy, 2008). A maior vantagem da terapia de grupo é se beneficiar de momentos onde situações como estas são reproduzidas, porém, de uma forma gradual e controlada, facilitando a aquisição e treino de comportamentos que não seriam emitidos em ambiente real (Derdyk, 2006).

Os grupos podem ser formados de maneira homogênea e heterogênea, com mulheres ou homens, com queixas semelhantes e diferentes, depende da função de cada grupo e qual o objetivo a ser alcançado. Encontra-se na literatura uma variação na quantidade recomendada de participantes, mas quando se estabelece esse número é preciso pensar na desistência de alguns membros no decorrer do grupo e mesmo em um número que facilite a participação individual de cada um. Podem ser criados grupos abertos, que não têm tempo determinado para encerrar, e grupos fechados, que já começam com a quantidade de sessões predeterminadas. As sessões em grupo, na maioria das vezes, variam entre 90 minutos e 2 horas.

Os objetivos do grupo terapêutico têm que ficar claro para cada participante, havendo a possibilidade de mudança no decorrer do grupo. Vale ressaltar, que assim como na terapia individual, o sigilo é algo a ser lembrado a fim de favorecer com que os indivíduos do grupo se sintam à vontade para exporem aquilo que sentem e fazem. A seleção dos membros para o grupo também é de grande importância. É preciso que o terapeuta faça entrevistas anteriores ao início do funcionamento do grupo para que os participantes interessados sejam avaliados e direcionados para o grupo que mais atende às suas demandas ou a princípio para uma terapia individual.

Durante o desenvolver de um grupo é possível observar as mudanças nas relações e a evolução comportamental dos participantes, na medida em que estão sendo modelados, reforçados e, muitas vezes, punidos pelos próprios membros do grupo, o comportamento vai respondendo às contingências em vigor e alterando muitas vezes a demanda ou a queixa da terapia. A maior parte do funcionamento do grupo, segundo Kerbauy (2008), é destinado a manutenção de alguns comportamentos já obtidos durante o processo terapêutico do grupo. Comportamentos estes que são evocados e modelados durante os encontros realizados, afim de que estes sejam generalizados para o ambiente natural do cliente.

De acordo com alguns autores, ensinar análise funcional ao cliente é um dos melhores procedimentos terapêuticos. No grupo terapêutico a história de vida dos diferentes indivíduos pode ser evidenciada, questionada e utilizada como modelos para novos repertórios dos participantes do grupo, portanto, torna-se uma oportunidade de o indivíduo observar e refletir sobre suas próprias habilidades sociais e discriminar seus comportamentos, utilizando a análise funcional para adquirir autoconhecimento e, assim, beneficiando-se de suas próprias análises.

Outro ponto importante que deve ser analisado é que ao se propor ser um terapeuta de grupo, o profissional passa também a ser membro do grupo, com papel diferente, mas, parte do grupo, só que agora mais exposto, já que é alvo não só de um, mas de vários clientes. Para se tornar um terapeuta de grupo é preciso ficar atento aos dois aspectos que influenciam e determinam o seu desempenho: o conhecimento teórico e seu repertório de vida adquirido ao longo dos anos (Deryk & Sztamfater, 2008). A habilidade mais importante para quem quer ser um terapeuta de grupo, assim como na terapia individual, certamente é a audiência não punitiva. Muitas outras características são necessárias, como tentar favorecer a auto observação e autoconhecimento, o fornecimento de feedbacks. É preciso também que o terapeuta tenha uma postura segura para não produzir nos participantes sentimentos semelhantes ao que está sendo expressado. Porém, existem habilidades que são imprescindíveis ao terapeuta que irá conduzir o grupo como saber facilitar a participação e interação dos membros, fazer com que o grupo mantenha o foco, mediar conflitos e assegurar que as regras estabelecidas pelo grupo sejam cumpridas. Apesar de tantos “critérios” para assumir esse papel, na maioria das vezes, o próprio grupo se reforça, diferencialmente, de maneiras negativa, positivamente, natural e espontânea. O atendimento em grupo é um processo que torna o cliente ativo e participante, levando-se em conta que o próprio grupo movimenta o processo.

A coterapia acontece quando dois terapeutas atendem ao mesmo tempo, geralmente um conduz e outro observa e vice e versa, mas é possível que os dois façam intervenções durante a sessão, além disso, é necessário entrosamento e afinidade para que isso ocorra sem interferência no processo e no papel de cada um durante a sessão, um sempre vai conduzir e outro observar e fazer anotações sobre o grupo. A coterapia é algo que precisa ser decido antes que o grupo comece a trabalhar. A depender do tamanho do grupo, é possível conduzir um grupo sozinho, mas as vantagens em se ter uma coterapia são maiores, tendo em vista a quantidade de estímulos que o terapeuta está exposto numa sessão com muitos clientes. São muitos comportamentos verbais e não verbais para se ficar atento. Quando existe uma coterapia os papéis são divididos, enquanto um terapeuta conduz ou intervém, o outro fica sobre controle de outros estímulos do grupo e vice versa. Portanto, essa modalidade de atendimento promove muitos ganhos no grupo envolvido.

Vimos até agora como planejar, montar, conduzir, se tornar um terapeuta de grupos, mas não falamos das dificuldades existentes ou possíveis dentro desse processo. Na literatura se fala em muitas vantagens e desvantagens do atendimento em grupo e cita sempre como a única desvantagem a falta de acesso ao conteúdo individual de cada participante do grupo.

Algumas dificuldades podem acontecer na organização, na elaboração dos objetivos, na determinação dos temas, na seleção dos participantes, no relacionamento interpessoal do grupo, entre terapeutas e clientes, clientes e clientes e terapeutas e terapeutas. Talvez as dificuldades apresentadas sejam devidas à falta de experiência na organização e planejamento do grupo, à falta de exigências em alguns critérios para que aconteça o grupo e na falta de experiência e habilidade do (s) terapeuta (s). Por isso, são detalhes que precisam ser avaliados com muito critério e durante todo o processo. O terapeuta e o coterapeuta podem estabelecer que sejam feitas avaliações constantes sobre todo o processo, desde a captação de cliente até os ganhos obtidos pelos participantes. No entanto, não existe um formato pronto de uma condução adequada.

Então é de grande importância haver preparo para lidar com tantos estímulos que o atendimento em grupo coloca sob – responsabilidade do terapeuta. Preparo técnico e teórico, habilidade e disposição podem ser a chave para o sucesso dessa modalidade de atendimento.

Referências bibliográficas:

Banaco, R. A. (2008). A terapia Analítico Comportamental em um grupo especial: a terapia de famílias. Em Terapia Analítico Comportamental de Grupos. Santo André, SP: ESETec. Editores Associados

Delitti, M. (2008). Terapia Analítico Comportamental em Grupo. Em Terapia Analítico Comportamental de Grupos. Santo André, SP: ESETec Editores Associados

Derdyk, P. R. & Sztamfater, S. (2008). Tornando-se um terapeuta de grupos. Em Terapia Analítico Comportamental de Grupos. Santo André, SP: ESETec Editores Associados

Kerbauy, R. R. (2008). Terapia Comportamental de grupo. Em Terapia Analítico Comportamental de Grupos. Santo André, SP:ESETec Editores Associados

Yalow, I. D. (2006). Psicoterapia de grupo: teoria e prática. Porto Alegre : Artmed

0 0 votes
Article Rating
CompartilharTweetarEnviar
Avatar

Escrito por Amona Lima

Graduada em psicologia pelo Centro Universitário de Brasilia - UniCEUB, Especialista em Análise do Comportamento pelo IBAC- Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento e mestranda pelo Centro Universitario de Brasilia -UniCEUB. Atua no consultório realizando atendimentos de adultos e adolescentes, no formato de terapia de casal, família e também atua em projetos de grupos terapêuticos para dependentes afetivos. É também coordenadora Institucional da Atitude Cursos,

Mais da seção: Terapias C. Brasileiras

  • Parte 4 – Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil 1

    Parte 4 – Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil

    Por Amanda Viana dos Santos Amanda Viana dos Santos seg, 14/12/2020, às 11h15 PM

  • Parte 3 - Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil 3

    431 Views

    Parte 3 – Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil

    Por Amanda Viana dos Santos Amanda Viana dos Santos dom, 01/11/2020, às 10h38 PM

  • Parte 2 - Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil 5

    598 Views6 Comments

    Parte 2 – Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil

    Por Amanda Viana dos Santos Amanda Viana dos Santos seg, 19/10/2020, às 06h15 PM

  • Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil - Parte 1 7

    550 Views4 Comments

    Possíveis Modelos de Registro Comportamental na Terapia Analítico Comportamental Infantil – Parte 1

    Por Amanda Viana dos Santos Amanda Viana dos Santos qua, 30/09/2020, às 08h04 PM

  • Padrões comportamentais comuns em casos de ansiedade: um direcionamento para formulação comportamental 9

    490 Views

    Padrões comportamentais comuns em casos de ansiedade: um direcionamento para formulação comportamental

    Por Juliana Patricio Juliana Patricio seg, 01/06/2020, às 03h11 PM

  • Reflexões de um clínico sobre o isolamento e a liberdade: Por que nossa casa virou uma prisão de infelicidade? 11

    Reflexões de um clínico sobre o isolamento e a liberdade: Por que nossa casa virou uma prisão de infelicidade?

    Por Rodrigo Boavista Rodrigo Boavista sáb, 02/05/2020, às 07h05 PM

Você também pode gostar

  • Lidando com a ansiedade... Um caminho de autoconhecimento e aceitação 13

    1 Comment

    Lidando com a ansiedade… Um caminho de autoconhecimento e aceitação

    Por Avatar Mariana Poubel qua, 06/04/2016, às 11h06 PM

  • O processo de enlutar-se e possíveis intervenções clínicas 15

    2 Comments

    O processo de enlutar-se e possíveis intervenções clínicas

    Por Avatar Renan Miguel Albanezi sex, 11/03/2016, às 02h40 PM

  • As fases do luto: uma interpretação analítico-comportamental 17

    547 Views1 Comment

    As fases do luto: uma interpretação analítico-comportamental

    Por Avatar Paula Grandi qua, 02/03/2016, às 04h41 PM

  • O acompanhante terapêutico como uma ferramenta pelo direito à cidade 19

    O acompanhante terapêutico como uma ferramenta pelo direito à cidade

    Por Avatar Bernardo Rodrigues qua, 09/12/2015, às 12h38 PM

Deixe Um Comentário

Avatar
Subscribe
Conecte com
I allow to create an account
When you login first time using a Social Login button, we collect your account public profile information shared by Social Login provider, based on your privacy settings. We also get your email address to automatically create an account for you in our website. Once your account is created, you'll be logged-in to this account.
DisagreeAgree
Notify of
guest
Conecte com
I allow to create an account
When you login first time using a Social Login button, we collect your account public profile information shared by Social Login provider, based on your privacy settings. We also get your email address to automatically create an account for you in our website. Once your account is created, you'll be logged-in to this account.
DisagreeAgree
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

Mais Recentes

  • "Deus falou comigo!" - sobre o sobrenatural, o Big Brother e como nos comportamos 21

    “Deus falou comigo!” – sobre o sobrenatural, o Big Brother e como nos comportamos

  • Por que precisamos falar de autocontrole durante a pandemia? 23

    Por que precisamos falar de autocontrole durante a pandemia?

  • A Terceira Margem do Trauma 25

    A Terceira Margem do Trauma

  • Borderlines ou Emocionalmente Instáveis: Quem são eles? Recortes da Terapia Comportamental Dialética (DBT) 27

    Borderlines ou Emocionalmente Instáveis: Quem são eles? Recortes da Terapia Comportamental Dialética (DBT)

Mais Vistos Hoje

  • Dessensibilização Sistemática: definição e aplicação 29

    Dessensibilização Sistemática: definição e aplicação

  • Os Conceitos de Análise e Avaliação Funcional 31

    Os Conceitos de Análise e Avaliação Funcional

  • Tarefas de casa em psicoterapia 33

    Tarefas de casa em psicoterapia

  • A contingência 35

    A contingência

  • A Importância da Relação Terapêutica na Prática Clínica 37

    A Importância da Relação Terapêutica na Prática Clínica

© 2008 ~ 2021 Portal Comporte-se. Todos os direitos reservados.

  • Sobre
  • Equipe
  • Privacidade
  • Contato
Back to Top
Close
  • Artigos
    • ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso
    • Autismo
    • Cultura e Comp. Social
    • Diálogos
    • FAP – Terapia Analítica Funcional
    • Sociedade e Cultura
    • TCR – Terapia por Contingências de Reforçamento
    • Terapia Comportamental Dialética
    • Terapias C. Brasileiras
    • Terceira Geração
  • Notícias
    • ABPMC
    • ACBr
    • Ciência
    • Concursos Públicos
    • Novidades
  • Superdicas
    • Áudio
    • Cursos & Eventos
      • Região Centro-Oeste
      • Região Nordeste
      • Região Norte
      • Região Sudeste
      • Região Sul
    • Internet
    • Livros
    • Palestras
    • Revistas Científicas
    • Vídeos
  • Estação Behavior
    • Chalé
    • Estúdio
    • Memorial
    • Opinião
    • Web Point
  • Séries
    • Autores Convidados
    • Comportamento em Cena
    • COVID-19
    • Entrevistas Exclusivas
  • Tudo
  • Sobre
  • Equipe
  • Privacidade
  • Contato
  • facebook
  • twitter
  • instagram
  • youtube
wpDiscuz
0
0
Adoraríamos saber o que achou, por favor, comente.x
()
x
| Reply