Esse circuito, chamado núcleo leito da estria terminal (NLET), age sobre o hipotálamo lateral, região do tamanho de uma ervilha localizada no meio do cérebro e responsável por controlar funções como fome e saciedade. O NLET é ativado durante a alimentação e inibe a atividade do hipotálamo lateral.
Para manipular esse grupo de neurônios, os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte implantaram fibras ópticas no cérebro de roedores vivos e usaram uma combinação de óptica com genética – conhecida como optogenética – para ativá-las, uma de cada vez.
Os autores, liderados por Joshua Jennings, descobriram que, depois disso, os neurônios NLET suprimiram a atividade de células especializadas do hipotálamo lateral, chamadas neurônios glutamatérgicos. Essa interferência fez com que os camundongos procurassem por comidas altamente calóricas, mesmo não estando com fome.
Segundo os cientistas, os resultados ajudam a explicar como uma ruptura ao longo desse caminho cerebral pode levar a comportamentos alimentares inadequados. Na opinião deles, a descoberta também pode contribuir no futuro para novos tratamentos de transtornos alimentares e obesidade em seres humanos.