Hoje em dia, muito se fala das habilidades técnicas necessárias para entrar e se manter no mercado de trabalho. No entanto, nem sempre os melhores, tecnicamente, entram ou se mantêm no mercado. O que será então que pode contribuir para que isso aconteça? Um dos fatores é como o trabalhador se relaciona com os colegas e com a sua chefia (Alencar, 2016).
Essas habilidades que usamos no ambiente de trabalho, para conviver de forma mais harmônica com os colegas, estão dentro do grupo que chamamos de Habilidades Sociais aplicadas no contexto de trabalho. Algumas delas são, segundo Del Prette e Del Prette (2014):
- Coordenar grupos;
- Tomar decisões;
- Mediar conflitos;
- Falar em público;
- Resolver questões interpessoais.
As pessoas socialmente hábeis tendem a apresentar relações pessoais e profissionais mais produtivas, satisfatórias e duradouras, além de apresentar bem-estar físico e mental e bom funcionamento psicológico (Alencar, 2016). Ter um currículo contendo um repertório de habilidades sociais desenvolvidas pode ser considerado um diferencial positivo para uma possível contratação (Del Prette & Del Prette 1999).
Segundo Costa (2004), durante os últimos anos, as organizações têm se deparado com um mercado altamente exigente e competitivo. Uma das formas que as empresas têm encontrado para contratar pessoas, de acordo com as exigências do mercado, é a de passar a buscar no trabalhador um diferencial e para isso dá-se preferência a profissionais que saibam trabalhar em equipe e, principalmente, saibam se integrar com as pessoas (Costa, 2002). Costa (2004) assegura que trabalhar em equipe e construir bons relacionamentos no trabalho tornou-se algo mais necessário do que a habilidade técnica, é crucial se ter uma nova percepção sobre as pessoas: a aquisição da competência interpessoal.
Alencar (2016) descreve algumas sugestões de habilidades sociais que ajudam no ambiente de trabalho:
- Investir na colaboração mútua, evitando exercer a competição;
- Conhecer e aceitar as diferenças;
- Optar pela resolução de conflitos, ao invés de acirrá-los;
- Usar a assertividade nos relacionamentos;
- Ser assertivo com a empatia.
“Referindo-se às novas demandas no contexto do trabalho, entende-se que as empresas que investem na aplicabilidade das habilidades sociais automaticamente geram resultados positivos na qualidade do relacionamento interpessoal. Utilizando este conceito investir nessa área passa a ser tão ou mais importante do que apenas fazer algo como habilidade técnica (Trento & Codinhoto, 2016).”
REFERÊNCIAS
ALENCAR. T. (2016). Habilidades Sociais no Ambiente Coorporativo. Disponível em: <https://tasconsultoria.com.br/2016/07/19/as-habilidades-sociais-no-ambiente-corporativo/>
COSTA, W.S. (2002). Humanização, relacionamento interpessoal e ética. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v. 11, n 1, p. 17-21, 2004. 2014. COSTA, W.S. Humanização, relacionamento interpessoal e ética. Caderno de Pesquisas em Administração. São Paulo, v. 9, n 2, p. 23-24.
DEL PRETTE, Z. A. P., & DEL PRETTE, A. (1999). Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Petrópolis, RJ: Vozes.
DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. (2014). Habilidades sociais: Conceitos e campo teórico prático. Disponível em: <http://www.rihs.ufscar.br/armazenagem/pdf/artigos/habilidades-sociais-conceitos-e-campo-teorico-pratico> TRENTO, E.K.F. & CODINHOTO, E. (2016). Contextualização das habilidades sociais e a sua importância no trabalho Revista FAROL – Rolim de Moura – RO, v. 2, n. 2, p. 60-64, dez./2016