Nosso sofrimento (o sofrimento psicológico humano) é verbal. “Começa pela fuga e esquiva da dor física ou de outra estimulação aversiva incondicionada, amplia-se através do condicionamento operante e respondente e, como demonstram os estudos, torna-se mais complexo e ampliado de forma especial em decorrência de processos verbais” (Conte, 2010). Portanto, a chave da história está aí, nos processos verbais. Pelo menos para a ACT, a Terapia da Aceitação e Compromisso.
A ACT busca analisar esse sofrimento humano dentro de um contexto. Considera a história de vida e o contexto atual; e ajuda o cliente a identificar seus eventos privados (como pensamentos, sentimentos e emoções) que se relacionam com contextos ambientais específicos. A fim de lidar com tais demandas, a ACT propõe três pilares: aceitação, escolha e ação. No campo da aceitação, espera-se que o indivíduo seja capaz de compreender os eventos privados como naturais à vida humana. Em muitos casos, isso quer dizer que resistir ou controlar esses sentimentos seja algo contraproducente (e, de forma geral, impossível).
Ou seja, posso ter pensamentos ou emoções que me levam a uma direção e, mesmo assim, seguir em outra.Ao identificar esse processo, os indivíduos passam a ser capazes de realizar escolhas baseadas no momento presente. A optar por algo coerente com os seus valores de vida e objetivos previamente estabelecidos. Assim, clientes podem experienciar uma relação mais direta com o mundo e direcionar uma ação comprometida com a mudança (Hayes et al., 1999; Hayes, 2004).
O objetivo final da terapia de aceitação e compromisso é, então, levar o cliente a experimentar mais afundo os resultados emocionais e cognitivos dessas escolhas, persistir e alterar o comportamento de maneira consciente em prol da direção escolhidos. É o modelo que conhecemos por flexibilidade psicológica. No curso Estratégias de intervenção clínica na ACT: Exercícios experienciais, metáforas e inventários úteis teremos contato com pesquisas recentes, instrumentos de avaliação, metáforas e suas construções e uma série de exemplos que conectam prática e teoria.
O Prof. Daniel Assaz é atualmente doutorando em Psicologia Clínica na Universidade de São Paulo (USP), onde realiza pesquisas sobre o processo de mudança clínica em psicoterapia, com ênfase na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) e na Psicoterapia Analítica Funcional (FAP).Ficou curioso(a)? Te convidamos a conferir de pertinho, você vem?
Estratégias de intervenção clínica na ACT http://institutocontinuum.com.br/curso/90-estrategias-de-intervencao-clinica-na-act1 9/10 (Ao vivo presencialmente ou via web) 8h/aula com certificadoProf. Daniel Assaz |