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Extraordinário – um olhar sobre o outro

Por Avatar Marília Zampieri 29/12/17, 09:14 AM 1 Comment

Está em cartaz o filme “Extraordinário”, adaptação para o cinema do livro de mesmo nome, escrito por R. J. Palacio. A história se trata da inserção escolar do protagonista, Auggie Pullman, de 10 anos, que apresenta deformidades faciais congênitas.

Extraído de google imagens

A mãe do protagonista dedicou-se à alfabetização e educação dele. Mas, aos 10 anos, a família decide que é o momento de Auggie enfrentar um novo desafio: frequentar a escola. O filme retrata com muita perspicácia e sensibilidade os obstáculos enfrentados por Auggie: a rejeição, o desdém, o isolamento que caracterizam o buylling sofrido pelo menino em sua busca pela adaptação ao novo ambiente.

Mas aqui eu gostaria de destacar outro aspecto do filme, para mim muito rico e igualmente importante: o impacto da presença e da condição especial de Auggie para cada um dos que vivem à sua volta.

Cada personagem tem um toque especial e é um convite à reflexão para cada um de nós, expectadores. O pai se destaca pelo bom humor, para tentar levantar o astral do filho e diminuir a tensão na casa. A mãe, pela dedicação incansável e, por vezes, excessiva, retratada pelo adiamento da redação de sua dissertação de mestrado. A irmã, pela maneira impecável com que se desempenha na escola, sofrendo muitas vezes o peso de lidar sozinha com seus dramas e dificuldades.  O colega de escola Jack tem um senso de humor e uma molecagem que lhe conferem um ar espontâneo ao que faz.

O professor Browne, em suas aulas, leva os alunos a discutirem valores essenciais para o convívio humano e harmonioso. Uma de suas aulas tem como tema a discussão sobre a seguinte afirmação: “Seja gentil com o outro, pois todo mundo vive uma grande batalha”.

Aos poucos a trama faz com que esta se torne a máxima do filme: mostra as batalhas que cada um vive, e como cada um desenvolve maneiras pessoais de lidar com sua dor: abdicando de atividades, calando-se, satirizando, entre outras.  As topografias, ou os fenótipos dos comportamentos de cada personagem vão aos poucos ganhando função, ou seja, tornam-se um “comportar-se dentro de contextos”1.

O que eram apenas respostas dos personagens se comportando, possivelmente gerando nos expectadores as mais diversas reações imediatas e calorosas, vai se compondo como peças de um quebra-cabeças, e ganhando um significado que nos faz julgar menos e olhar mais para cada personagem como um indivíduo com sentimentos e uma história.

Ao olhar para o roteiro do filme desta maneira, lembrei-me do Pequeno Príncipe, em que Saint-Exupéry nos ensina que “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”2.  Fiquei instigada a pensar se, ao fazermos análises funcionais, conseguimos, enquanto psicoterapeutas, enxergar “com o coração”. E, tão importante quando isso, ensinarmos nossos clientes a fazê-lo.

Extraído de google imagens

 

Considero que um primeiro ingrediente para a sensibilidade ao outro seja a habilidade de controlar impressões abruptas e carregadas de nossas próprias regras e valores: neste caso, o excesso de comportamentos governado por regras pode nos levar a generalizações equivocadas sobre os comportamentos das outras pessoas.

À medida que tentamos esclarecer os elementos da tríplice contingência em que o outro está inserido, e não nós próprios, é que teremos acesso às reais condições antecedentes dos comportamentos emitidos pelo outro: não olharemos para as nossas regras, mas para o que de fato antecedeu o comportamento das pessoas.  Então, conseguiremos identificar suas carências, seus desejos, suas formas de pensar o mundo.  Não precisaremos concordar, mas já daremos um passo ao compreender o que leva o outro a se comportar da forma como o faz.

Esta percepção será, por sua vez, uma condição antecedente para nosso comportamento: uma visão mais acurada do outro nos permitirá ajustar com mais precisão como iremos agir em relação a ele. Estaremos, então, mais sensíveis às Contingências de Reforçamento em operação no presente do que governados pelas nossas regras sobre como vemos (e categorizamos) o mundo.

Ao comportar-se de tal maneira dentro contexto psicoterapêutico, o psicoterapeuta contribuirá para uma relação terapêutica mais humana e sensível, além de oferecer modelo de comportamento para interações que o cliente estabelecer em seu cotidiano. Além disso, poderá contribuir para fortalecer comportamentos desta classe em seus clientes, ao consequenciar e fortalecer comportamentos dos clientes que demonstrem empatia, acolhimento e sensibilidade ao outro.

Diante de um compromisso com a psicologia, de humanizar nossa profissão e as relações sociais, além de uma necessidade urgente de diminuir a individualidade que isola, acredito que 2018 poderá ser um ano melhor se praticarmos nossa sensibilidade ao outro. Vamos tentar fazer da nossa atuação profissional um exercício de “ver com o coração a batalha que o outro vive”.

  1. Matos, M. A. (2001). Com o que o behaviorismo radical trabalha. In: R. A. Banaco et al (Orgs). Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de  formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. Santo André, SP: ESETec Editores Associados.
  2. Saint-Exupéry, A. (1942).O Pequeno príncipe.
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Escrito por Marília Zampieri

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Especialista em Psicologia Clínica Comportamental pelo Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento - ITCR-Campinas, Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Atua como psicóloga clínica na cidade de Campinas - SP, e como supervisora dos cursos de qualificação avançada do ITCR - Campinas.
Possui acreditação como Analista do Comportamento pela ABPMC.

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Flávia Carvalho
Flávia Carvalho
3 anos atrás

Gostei muito do que você escreveu, Marília.
Parabéns e Obrigada pela reflexão

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