Como é bom se assertivo! Ter suas ações condizentes com o que você pensa e está sentindo. Você já teve essa sensação? É como tirar um peso dos ombros. E embora possa ser julgado por quem está de fora, ser condizente com sentimentos e suas ações lhe trará benefícios incontáveis!
Muitas vezes nos deparamos com um conflito sob a pele entre ser assertivo ou agir conforme aquilo que esperam de nós.
Mas o que é mais importante? Viver uma vida autêntica ou uma vida superficial e cheia de “e se?”.
Te convido a fazer uma reflexão comigo: E se você tivesse a vida como você gostaria independente das opiniões alheias? Como seria sua vida se você agisse de acordo com a busca por seus sonhos? Acredito que você até suspirou e pensou: “Quem dera isso fosse possível”. E é! Que tal colocar a assertividade em prática?
Mas para isso é necessário entender porque algumas pessoas tem essa dificuldade. Um dos motivos é o que chamamos de déficit comportamental, ou seja, a pessoa não possui ou tem dificuldade para colocar a assertividade em prática.
Del Prette e Del Prette (2009) classificam os déficits em Habilidades Sociais em duas categorias: Déficits de Aquisição e Déficits de Desempenho. Os déficits de aquisição são caracterizados pela falta de repertório (conhecimento) de como desempenhar determinada habilidade social ou a dificuldade em conhecer a habilidade social para determinadas situações. Já os déficits de desempenho, são aqueles que a pessoa sabe qual a habilidade social e em que situação deve usá-la, mas falha na hora de colocá-la em prática (Del Prette e DelPrette, 2009).
Estes déficits, quando ocorrem nas situações citadas nos primeiros parágrafos, são chamados de déficits de Assertividade, que assim como em outras habilidades sociais, podem ser aprendidas ou treinadas. Esse processo, porém, não será fácil. Embora, na maioria das vezes, o comportamento assertivo seja reforçador, há situações em que mesmo a pessoa sendo assertiva, ela acabará por não conseguir o que deseja, não sendo reforçada ou ainda tendo uma resposta agressiva. Por exemplo: um funcionário pede um aumento de salário a seu chefe, ele enumera suas qualidades na empresa, fala de forma clara e objetiva, e de fato mereceria o aumento, pois tem boa produtividade, porém o chefe recusa o pedido. Observe que apesar de ser assertivo o funcionário não consegue o aumento. Isso poderá ocorrer quando se quer ser assertivo. O importante é estar em concordância entre seus sentimentos e ações. Isso é libertador!
Então que tal procurar auxílio profissional e passar a agir de forma assertiva?
Referência
Zilda A. P. Del Prette Almir Del Prette (orgs.) 2009. Psicologia das Habilidades Sociais. Diversidade teórica e suas implicações. Petrópolis, RJ: Vozes.