Estudos indicam que ACT é duas vezes mais eficaz que tratamento tradicional para tabagismo

Em um texto recém-publicado em seu blog no Huffpost Healthy Living (acesse aqui), Steven Hayes  apresenta as conclusões de seis estudos controlados randomizados que compararam a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) à Terapia Cognitivo Comportamental de Aaron Beck e a outras estratégias de tratamento para o tabagismo empregadas pelo governo norte americano, como sites de aconselhamento motivacional, linhas de telefone dedicadas ao atendimento a tabagistas e os aplicativos Smokefree.gov  e QuitGuide.  Os resultados foram surpreendentes!

Os métodos tradicionais de tratamento obtiveram em média 14% de sucesso na cessação do tabagismo. A ACT, proposta terapêutica de inspiração Behaviorista Radical, foi duas vezes mais eficaz. Mas por que uma diferença tão grande?

De acordo com Steven Hayes, co-fundador da ACT, isto acontece porque tanto a Terapia Cognitivo-Comportamental quanto as demais propostas terapêuticas normalmente utilizadas baseiam-se no fornecimento de aconselhamento motivacional para que as pessoas consigam evitar situações nas quais o desejo de fumar aparece ou, caso ainda assim sintam vontade, para que sejam capazes de aplicar estratégias de distração, como pensar ou fazer outras coisas (ex.: mascar chicletes, ler, etc).  Como efeito, geralmente há uma redução momentânea da vontade de fumar; mas, a médio e longo prazo, esta vontade tende permanecer estável – indo e vindo sempre que o paciente estiver diante de algum gatilho – ou se agravar, levando a pessoa a ter um desejo ainda maior de consumir a nicotina. A Terapia de Aceitação e Compromisso  segue um caminho bastante distinto.

Os pacientes submetidos a esta modalidade de tratamento aprendem a aceitar seu desejo de fumar (ao invés de tentar evita-los ou se distrair quando aparecem) e, de forma consciente, se distanciar psicologicamente dele, focando-se naquilo que realmente buscam para suas vidas. A Metáfora do Convidado Indesejado, que você pode assistir clicando no vídeo abaixo, ilustra parte deste processo.

Para conhecer melhor a ACT acesse a coluna de Mônica Valentim no Comporte-se, clicando no botão abaixo.

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Escrito por Portal Comporte-se

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