Colocar seus sofrimentos na pele de um personagem e contar uma história sobre ele pode ajudar a elaborar eventos muito dolorosos. E de forma mais eficiente, inclusive, que se a narrativa fosse feita em primeira pessoa, garantem pesquisadores da Universidade de Iowa.
Eles instruíram voluntários hospitalizados, que haviam passado por situação traumática e sofriam com pensamentos recorrentes e intrusivos, a fazer o exercício de “escrita expressiva em terceira pessoa”. Foi observado, conforme relatado no Stress and Health, que os sinais de melhora foram mais evidentes, por exemplo, do que em voluntários que se colocaram como protagonistas. “Assumir a perspectiva de outro cria uma distância segura do trauma. É uma maneira de fazer com que não pareça tão ameaçador e, assim, entrar em contato com a dor para tentar trabalhá-la”, diz um dos autores, Matthew Anderson.
Fonte: Revista Mente e Cérebro