Sobre a Luta Antimanicomial…

Maio é considerado o mês da Luta Antimanicomial, dia 18 é considerado o dia nacional da luta, e como é de costume, vários eventos estão ocorrendo nas sedes e subsedes dos Conselhos Regionais de Psicologia, a programação pode ser vista no site. Conhecer a história é importante para que que os erros não se repitam, buscar novas formas de intervenção e análise são parte da obrigação dos psicólogos (incluindo os Analistas do Comportamento, com certeza!) para levar melhor qualidade de vida à população com algum transtorno mental.

Para rever a história a dica é o documentário “Em Nome da Razão – um Filme sobre os porões da loucura”, que foi quase todo filmado no manicômio de Barbacena, Minas Gerais e nos dá uma amostra do que ocorreu nos 4 cantos do Brasil, sem distinção de região. A câmera penetra em todos os ambientes do hospital – pavilhões de idosos, deficientes físicos, crianças, homens e mulheres. As sequências são interligadas pela imagem de um longo e escuro corredor do hospício e uma “louca” que canta uma música. O texto narrado em off propõe uma reflexão sobre a função social do manicômio e a quem servem os hospitais psiquiátricos, quem são as pessoas enviadas para lá, qual o processo de “cura” e recuperação a que são submetidos. O filme encerra com depoimentos da família de um paciente.

Clique aqui para assistir:
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Para os Analistas do Comportamento ficam as seguintes reflexões: O que é loucura? Como as culturas mantenedoras da “loucura” se mantém vivas na sociedade contemporânea? Que culturas são essas? Quais são os “manicômios” atuais? Como os conhecimentos produzidos pela AC podem auxiliar na luta contra o descaso e trazer esperança para pessoas com transtornos mentais cronificados e suas famílias?

 

 

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Escrito por Priscila Meireles Guidugli

Graduada em Psicologia, Mestra e Doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem pela UNESP - Bauru. Especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto Ampliatta. Membro do LADS (Laboratório de Aprendizagem, Desenvolvimento e Saúde) da UNESP – Bauru. Atua nas áreas clínica e escolar atendendo todas as idades, com experiência em dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento infantis, transtornos globais do desenvolvimento, incluindo autismo, além de transtornos psiquiátricos relacionados à ansiedade e depressão.

Assista: Entrevista com Skinner falando sobre Comportamento Verbal

Dica de leitura: O self e comportamentos autodirigidos na Terapia Analítico Comportamental Infantil